terça-feira, 15 de março de 2011

Contemporânea de Camões

     Ouçam este magnífico testemunho de uma das numerosas namoradas de Luís Vaz de Camões.


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Leiam o soneto que Camões, com certeza, dedicou a uma das suas musas inspiradoras:


Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando;
Nua hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar ua hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.


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